quarta-feira, 30 de novembro de 2016

TURMA DO 8.o PERÍODO ENCERRA SEMESTRE

A 2.a  prova bimestral encerrou os trabalhos da disciplina Sedimentologia 2. Aproveitamos para tirar algumas fotos, apresentadas abaixo. Infelizmente, devido à disposição das carteiras em dia de prova, dois alunos ficaram de fora das fotos: Paula Marina e Jaisson. As fotos ficaram ótimas, como podemos ver.





Um grande abraço a todos os alunos!

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Aos meus alunos!

Quero lhes dizer algumas palavras, tomadas da minha experiência de vida. Todos nós construímos nossas experiências, e nenhuma é melhor do que a nossa. Sei que a experiência de cada um de vocês será melhor do que a minha ou de qualquer outro, simplesmente porque ela é de vocês, construída com alegrias e dores, sonhos e desilusões, que somente a gente entende. Entretanto, gostaria de compartilhar alguma coisa que possam refletir sobre ela. É sobre o Amor... sobre o amor a uma profissão.

Parece uma coisa simples, mas é tão complicada que muitos andam à procura e não a encontram. Há um tanto de gente desiludida com a profissão, mesmo as que são melhor remuneradas.

Acontece que ao escolher a profissão a gente não se consulta, para saber aquilo que alegra a nossa alma. Ao invés disso, consultamos o mercado, o “deus mercado”,  para saber as possibilidades de ganho financeiro. Daí, tudo fica complicado, porque ao abraçarmos uma profissão pegamos um pacote de coisas que gostamos e de que não gostamos. Então, é preciso que neste pacote existam em grande quantidade coisas que gostamos, para justificar poucas coisas que não gostamos. Só a nossa alma tem a resposta!

Ora, seria bom que a gente soubesse de antemão o que existe nesse pacote. Temos prazo de alguns anos, durante a graduação, para tomar conhecimento de um pouco do conteúdo, mas tomar conhecimento não é o mesmo que vivenciar. E a escola oferece pouca vivência dos conteúdos profissionais, não é mesmo? Assim, é fundamental, durante a graduação, fazer um estágio em uma empresa ou repartição pública que atua na área que escolhemos, e fazer que esse estágio seja mesmo profissional-acadêmico, e não apenas ficar tirando xerox para o chefe. E também aproveitar os raros trabalhos práticos e trabalhos de campo, para a gente avaliar o nosso grau de prazer dessa vivência.

Porém, amar uma profissão não é coisa que acontece da noite pro dia, pode levar anos. Assim como amar realmente uma pessoa leva anos: no princípio, é só paixão, que se desvanece com os anos, com os atritos, com as adversidades. O amor, se realmente for Amor com A maiúsculo, funciona ao contrário: ele cresce com os anos, com os atritos, com as adversidades. Mas, é difícil fazer que ocorra assim, é preciso ter paciência, tolerância, perdão e não ficar com expectativas, porque as expectativas geralmente trazem trustração. Ao invés de esperar, criar expectativas, a gente se doa; quando a gente doa, recebe de volta. Quanto mais você se doar a uma profissão, mais vai amá-la!


Você está apaixonado pela profissão que escolheu? Se não estiver, não é problema. Um dia poderá amá-la. Mas é uma coisa maravilhosa quando o amor começa com a Paixão para se transformar em Amor. Desejo-lhes isto na profissão que escolheram... e também na vida.

Para quem ama Geologia

Um poema de Profa. Dra. Maria Giovana Parizzi
Departamento de Geologia – IGC/UFMG e Nuvelhas/Manuelzão

“Geologia, para quem a ama
Vê a mistura da ciência à poesia
Conhecer a Terra, sua essência
Sua estrutura, nosso berço, nossa cama
É como desvendar um grande mistério
Escondido em sua dinâmica e evolução
Entender suas riquezas, fonte de todo minério
E a personalidade de cada formação
É fazer uma grande viagem ao passado
Através de éons, eras e períodos
Reconstituindo em cada fóssil encontrado
A conexão dos elos perdidos!
É a compreensão do poder expresso em sua insígnia:
O fenômeno de um vulcão em pranto
Fazendo gerar a rocha ígnea
Das lágrimas que vêm do manto
E a observação das dobras, fraturas, falhas e do sismo
Frutos de choques na crosta e suas entranhas
Nos fornece a condição do metamorfismo
E a razão das mais belas montanhas
É constatar que apesar de todo processo de destruição
Desagregando as rochas em fragmentos
A natureza promove a reconstrução
Fazendo surgir a rocha de sedimentos
E no cerne deste conhecimento
Procura-se o mapa do tesouro
Trazendo esperança de desenvolvimento
Cravada em ferro, óleo, prata ou ouro
E permite-nos combater a ameaça
Vinda de uma inadequada ocupação
Orientando o homem a prevenir-se da desgraça
Após deslizamentos, abatimentos e erosão
Ah! E sobre a implacável sede contemporânea
Refletida em desertos de areia e osso
A ciência faz jorrar a água subterrânea
Realizando o milagre de um simples poço
Respeitar o planeta Terra
E compreender sua essencialidade
É o ponto de partida
Para a manutenção da vida
Da humanidade"